Quando se sabe que o caminho é só um, de nada vale negar. A aceitação e o viver abertamente com ele é um passo que se vai tornando uma parte integrante do ser. Este espaço é uma mera transcrição de uma (trans)mutação em tempo real, num espaço de tempo pré-determinado, que resultará na produção de mais uma loucura. Nesse dia, este trabalho estará realizado e cessará as suas actividades.

Friday, February 25, 2005

“Aproximou-se sem eu notar e tocou-me ao de leve no ombro. Virei-me para ele. Ele esperou que eu fizesse por completo esse movimento e disse:
- Posso contar-lhe um segredo?
- Se assim o quiser fazer.
- Sabe, é que há quem diga que sou louco mas eu sei que não o sou. Isso não me importa verdadeiramente porque tenho mais liberdade dentro dela que as outras, as não consideradas como eu. Loucas. E isso enche-me de tristeza.
- A falta de liberdade dos outros?
- Não. Sinto pena deles por não se aperceberem disso e isso os colocar numa prisão diferente da minha, muito mais limitadora em termos de possibilidade de colocação de limites a eles próprios. É como que se não quisessem viver.”

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

"numa prisão diferente da minha.." que prisão é esta? acho que é o que nos afasta do verdadeiro viver. julgo que são os nossos desejos, as nossas necessidades, os desgostos, as alegrias... quando tudo o que nos basta é querer simplesmente viver a nossa prisão acaba!

3:17 PM

 
Blogger Onun said...

sim...pode ser um caminho....

3:47 PM

 
Blogger Onun said...

e esse caminho está cheio de dúvidas às quais provavelmente nunca saberás responder com total certeza. mas é esse o caminho e não é igual para todos, cada um faz/pisa o seu trilho à sua maneira, à sua velocidade...

4:00 PM

 

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