Quando se sabe que o caminho é só um, de nada vale negar. A aceitação e o viver abertamente com ele é um passo que se vai tornando uma parte integrante do ser. Este espaço é uma mera transcrição de uma (trans)mutação em tempo real, num espaço de tempo pré-determinado, que resultará na produção de mais uma loucura. Nesse dia, este trabalho estará realizado e cessará as suas actividades.

Wednesday, April 20, 2005

“Descobri com o tempo que o silêncio é um acessório obrigatório neste meu trilho escolhido. Não o silêncio exterior mas parar com o barulho produzido através dos lábios. Um sorriso vale por um milhão de palavras, uma lágrima não tem quantificação possível, uma gargalhada partilhada, também. Um olhar sem brilho, as olheiras que sulcam os olhos, a luminosidade especial que aquele raio de luz transmite nos olhos dos outros, a escuridão sem fundo da pupila, as rugas na testa, a expressão facial, os movimentos nervosos das mãos, o cabelo desgrenhado, os movimentos em falso, o toque, o calor dos raios solares, sentir o vento a despentear os cabelos (para aqueles que o possuem) …
Nada que o barulho entre os lábios possa transmitir ou assemelhar-se, então qual é a razão dessa necessidade de os transmitir? Porquê conspurcar essa pureza? Porquê perder essa capacidade, de sentir? “ rascunhos perdidos de diários de desconhecidos IV, compilação de textos de pessoas que se perderam neste caminhar para a loucura….

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