Poucos pedaços restaram da vida dele. Da vida dele apenas restaram uns papéis rasgados, a vida dele, espalhados pelas esquinas que tinha escolhido pernoitar. Todos estavam escritos, todos eles tinham frases diferentes. Mas o sentido era sempre o mesmo… esse tal caminho que vinha a percorrer e a descobrir nos últimos tempos. Num desses papéis estavam estas palavras escritas:
“Aquilo que é mais semelhante à luz que encontro no final deste trilho que decidi percorrer, é aquela sensação que uma música nos pode transferir. Aquela sensação de transcendência, que só reparamos quando o silêncio que indica o término dela e o início da próxima se instala e pairamos ainda por uns breves momentos nessa inacessibilidade de felicidade pura que nos foi possível palpar. Essa é a grande razão porque oiço constantemente a mesma música repetidamente…. Para que o silêncio do seu término nunca se instale…”
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